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WSOP: aumentar o CAP do The Big One for One Drop? Sim ou não?

A lista de jogadores para o torneio com o maior buy-in da história do poker mundial não para de crescer e a pergunta impõe-se: O CAP deve ser aumentado? Rich Ryan aprofundou o tópico, mas a tua opinião também é bem vinda.

Mike Sexton, entre outros, já apontam baterias ao The Big One for One Drop, engrossando assim a lista de participantes e ficando assim o field muito perto do CAP de 48 jogadores.
 
Com nomes como Jason Mercier, Eugene Katchalov, David Viffer Peat, Vivek Rajkumar, Andrew Robl, Nick Schulman, Sam Trickett, Noah Schwartz, Roger Teska, Jens Kyllönen ou Jason Morgan (CEO da Winmark Corporation) a lista já ascendeu aos 42 jogadores, sem contar com o 2011 WSOP Player Of the Year Ben Lamb e Jean-Robert Bellande, que confirmaram a sua intenção via Twitter:
 
Twitter - Ben Lamb - The Big One for One Drop
 
Twitter - Jean-Robert Bellande - The Big One for One Drop
Se JRB e Lamb se registarem ficarão apenas 4 lugares livres no torneio. Jack Effel garantiu que o(s) vencedor(es) do Satélite de buy-in de $25.300, a realizar a 30 de Junho, terão lugar garantido, sendo esta a única forma de exceder o CAP de 48 participantes. Assim sendo, e se o field tiver 49 jogadores, terão que abrir uma nova mesa. Em vez de haver seis mesas de oito jogadores, haverá sete mesas de sete jogadores. Quando o primeiro jogador for eliminado, então a sétima mesa será fechada e os jogadores serão distribuídos pelas seis outras mesas.
 
Perceberam?
 
Se tal acontecer e uma nova mesa tiver que ser aberta para um jogador extra, porque não extender o CAP para 56 jogadores? Os sete jogadores extra podem preencher as cadeiras vazias de cada mesa, o maior torneio da história terá mais entradas e, mais significativo, a One Drop Foundation receberá $777.777 extra.
 
Num mundo perfeito, este evento não teria limite de capacidade. Effel disse em tempos à ESPN que o evento tinha limite porque a organização WSOP não queria estragar o mundo do poker, mas na verdade ninguém está a ir ao bolso buscar $1 milhão do seu próprio dinheiro. Há acção a ser vendida e investimentos a ser feitos fora da indústria do poker. De facto, estou disposto a apostar que, com tantos homens de negócios a jogar e todos os investimentos efectuados, menos de metade do prizepool virá das bancas dos próprios jogadores.
 
Um torneio com $1 milhão de buy-in é um acontecimento único. Se as WSOP organizarem um todos os anos, então sim, o mundo do poker ficaria estragado, mas são mais espertos do que isso. A organização sabe que o Big One seria muito menos especial se encontrássemos um torneio de $1 mihão com menos frequência do que de quatro em quatro anos. Por isso, não excluam os jogadores para os proteger, deixem-nos escolher se querem ou não arriscar - é parte integrante do poker. Se eles querem atirar fichas com a alta sociedade, batalhar com o Teddy KGB e aprender uma dura lição, então melhor para eles. Eles têm o direito de escolher e terão que aceitar as consequências.
 
O único problema que vejo em remover o CAP é lidar com a Nevada Gaming Commission. No início das series, quando Joseph Cheong e Aubin Cazals queriam adiar o seu heads-up no Evento #6 $5.000 NLHE Mixed-Max, foram informados que não era permitido pela NGC porque a estrutura dos torneios já tinha sido aprovada e, como é óbvio, as WSOP não têm permissão de se desviar do planeado. De acordo com Dennis Jones, director de torneio que esteve ao telefone com Effel enquanto Cheong e Cazals aguardavam a decisão, Effel falou com a NGC mas nada pode ser feito.
 
Se este for o obstáculo, Effel deve apontar já as baterias à NGC e fazer de tudo para levantar o CAP. Se há complicações com a transmissão de TV, então Effel deve pegar no telefone e ligar a Mori Eskandandi, o guru por de trás da Poker PROductions. Em suma, Effel deve fazer de tudo para remover o CAP antes de 1 de Julho, porque quanto Phil Ivey aparecer com um saco cheio de dinheiro para se registar, será muito difícil olha-lo nos olhos e dizer: "não".
 
Acreditem em mim, eu acidentalmente cruzei o meu olhar com o dele. Aqueles olhos perfuram, mesmo quando está a comer uma maçã.
 
Mas Ivey não é o único notável que pode saltar para o Big One de um momento para o outro. Phil Hellmuth (12 vezes vencedor de braceletes WSOP e quarto maior ganhador da história), Michael Mizrachi (vencedor do $50K Poker Player's Championship e quinto maior ganhador da história) e John Juanda (sexto maior ganhador de sempre) deverão receber vários incentivos e investimentos para jogar, caso queiram. Também há os putos-do-online como Justin Bonomo, que anda a reunir dinheiro, e o destemido Viktor Isildur1 Blom, são ambos capazes de saltar para o torneio a qualquer momento.
 
Phil Ivey - Phil Hellmuth - WSOP
 
Consegues mesmo imaginar estes dois de fora do torneio com o maior buy-in da história?
(foto cortesia PokerNews)
 
Mais ainda, por cada jogador que se registe, a One Drop Foundation receberá $111.111 extra. Mais dinheiro para a One Drop fará Guy Laliberté feliz, faz aumentar a atenção à caridade das WSOP e dará uma luz positiva na indústria do poker pela primeira vez em vários meses. Organização WSOP, por favor, se há algo que possam fazer, levantem o CAP. Não irão partir o mundo do poker com isto, em vez disso irão aumentar o dinheiro gerado para uma grande instituição de caridade e a certificarem-se que o torneio com o maior buy-in de sempre tem todo o entretenimento possível.
 
É uma situação WIN-WIN para todos!
E tu? O que achas? Retirar o CAP é bom ou estragará a indústria do poker?